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18-07-2019
A vida útil de um pneu é determinada pela conjugação de vários fatores
Quantos km dura um pneu novo? A dúvida é comum a muitos condutores e bastante frequente no universo automóvel. No entanto, se a pergunta aparenta simplicidade, já a resposta exige alguma complexidade. A razão para esta complexidade, essa sim, é simples: não existe um número exato para a durabilidade dos pneus, pois esse dado depende de cada caso particular, que, por sua vez, é influenciado por variados fatores.
Comecemos pelo princípio. Há um número que os fabricantes de pneus utilizam como referência, com base numa média ponderada, e que serve de resposta à pergunta inicial: 40.000 km. Poderemos dizer que este é o valor bruto dessa durabilidade. Para acharmos o valor líquido, teremos de envolver na equação elementos de importância soberana, como os fatores físicos do próprio pneu, o clima envolvente, as condições das estradas, o estilo de condução e os cuidados básicos de manutenção.
Há um outro número que serve também de referência quando se fala em durabilidade dos pneus: 5 anos. Não de idade, mas de utilização. É a marca que delimita a fronteira a partir da qual passa a ser necessário um maior rigor na inspeção às rodas, que deve ser feita anualmente, por profissionais.
10 influências
Ao conhecer os elementos indissociáveis da ponderação sobre a durabilidade dos pneus, vai compreender a razão pela qual os do seu automóvel atingiram o fim de vida útil mais cedo ou mais tarde do que era expectável - lembre-se que, no que se refere ao desgaste da banda de rodagem, a lei regulamenta o valor de 1,6mm como limite máximo.
O comportamento de cada automobilista é determinante em muitos desses elementos, pelo que está ao alcance de cada um contribuir para a longevidade dos pneus do seu próprio carro. Atente, agora, nos 10 elementos que condicionam a durabilidade de um pneu:
1. Idade. Não há um limite de idade definido. A data de produção (interpretável no flanco, junto à sigla DOT) é apenas uma referência, pois quantos mais anos tiver o pneu, mais propenso é a danos.
2. Armazenamento. Idealmente, os pneus devem estar em local fresco, protegidos do sol e da humidade. Se promove a troca em função da estação do ano, procure armazená-los nessas condições.
3. Clima. Temperaturas extremas representam perigo para os pneus, podendo causar danos inesperados. Chuva, neve e gelo também são ameaça, caso as rodas não estejam preparadas para circular nessas condições.
4. Limpeza. A utilização de produtos à base de petróleo pode agredir a borracha do pneu. Durante a limpeza das rodas, evite o contacto com óleo, lubrificantes e combustível.
5. Estradas. As condições das estradas têm influência. Tente evitar buracos, pedras, lombas, lancis, objetos cortantes ou perfurantes e lama.
6. Pressão. Ar a mais acelera o desgaste na zona central e ar a menos consome as extremidades. Por isso, monitorize regularmente a pressão dos pneus e ajuste-a à condução e à carga.
7. Alinhamento. Uma direção desalinhada provoca o desgaste desarmonioso dos pneus. Se o carro se desvia para um dos lados, procure uma oficina da Euromaster.
8. Equilíbrio. Rodas equilibradas evitam o desgaste irregular da banda de rodagem. Faça-o sempre que instale pneus novos ou quando estes sofrem algum impacto significativo.
9. Estilo de condução. Acelerações bruscas, curvas a alta velocidade ou travagens abruptas aumentam o perigo e o desgaste dos pneus. Adote uma condução defensiva.
10. Marca. A escolha da marca e tipo de pneu também influencia a durabilidade. Segundo estudos recentes da Deco Proteste relativos aos últimos 15 anos, a Michelin é a mais resistente (46, 393 km), seguindo-se a BFGoodrich (44,096 km) e a Continental (43,258 km).